Atenção, Mamães! Vamos desvendar o poder da nutrição para uma amamentação bem-sucedida

O leite materno é o alimento ideal para o bebê nos primeiros anos de sua vida, sendo de grande importância para sua sobrevivência, pois atende todas as necessidades nutricionais, imunológicas e psicológicas. Algumas mulheres sentem dificuldade na hora de amamentar pois a produção do leite é “insuficiente”, e diante dessa situação surgem diversos mitos populares sobre o “milagre” de como aumentar a produção de leite e tudo dar certo. Mas atenção, o que realmente é comprovado é que a ingestão adequada de líquidos, a qualidade e adequação alimentar, o estado emocional e físico (stress) da mãe, unidos à forma correta de sucção do bebê, é que vão ajudar significativamente na produção de leite.

Então, vamos à algumas dicas práticas:

Hidratação:
As mamas fabricam cerca de 750 ml de leite por dia e a água responde por 87% da composição do alimento materno. Para dar conta de tamanha produção o ideal é que a mãe consuma em torno de 3 litros de líquidos/dia.

A cada mamada beber aproximadamente 300 ml de água;
Preferir frutas naturalmente ricas em água como: abacaxi, melancia, melão, pêra, uva.
Chás naturais, de preferência de erva doce, camomila, cidreira, podem ser ingeridos diariamente; (300 a 500ml/dia)

Estado nutricional:
O que vemos na prática clínica é que muitas mães esquecem de se cuidar para dar atenção exclusivamente ao bebê. Porém, uma alimentação balanceada é o que também irá ser fator importante para a produção e qualidade do leite materno.

Faça refeições a cada 3 horas, nunca esquecendo dos lanches intermediários, e priorizando alimentos saudáveis, evitando ao máximo os alimentos industrializados, que são pobres em nutrientes;
Ingira de 2 a 3 porções/dia de lacticínios. Leite não dá leite, porém o cálcio, vitamina D e outros nutrientes encontrados neles colaboram muito para o estado nutricional da mãe e qualidade do leite;
Linhaça, semente, oleaginosas, peixes e azeite extra virgem: são alimentos fontes de ômega 3, que colaboram também para a sensação de bem estar da mamãe, procure consumir 1 deles em cada refeição;
Alimentos como lentilha, aveia, arroz 7 cereais ou 7 grãos, fubá e cerais integrais podem gerar uma sensação de conforto, por serem ricos em fibras e causarem saciedade, por isso, muitas mães relatam que se sentem bem ao ingeri-los, porém, cautela, pois quantidades exageradas pode causar ganho de peso excessivo e sonolência.

Estado emocional:
Situações de estresse, depressão, poucas horas de sono e de descanso podem fazer com que a mamãe produza menos leite ou mesmo que o reflexo de descida do leite seja inibido. Os hormônios do estresse são capazes de inibir a ação da prolactina (produção do leite) e da ocitocina (descida do leite).

Alguns alimentos pioram o estado natural de estresse do organismo devido à alta concentração de taninos e cafeína, como café, chá preto, chá mate e refrigerantes, bebidas alcoólicas e chocolate.
O excesso de alimentos industrializados tipo congelados, em pó ou enlatados, não doam ao organismo nutrientes, apenas calorias e conservantes. Se programem com antecedência e preparem alimentos caseiros, mesmo que os congele, ou peça ajuda para familiares ou auxiliares pelo menos no primeiro mês pós parto.

Sucção do bebê:
O jeito como seu filho vai pegar o peito determina boa parte do sucesso da amamentação. A sucção do bebê aciona as terminações nervosas do mamilo, que levarão para o cérebro da mamãe a afirmação de que existe um bebê querendo se alimentar. O cérebro, então, responde com a produção de um hormônio chamado ocitocina, que favorece a descida do leite. Por isso a “pega” correta do bebê ao seio da mãe é uma das chaves para o sucesso do aleitamento materno. Para que a “pega” seja correta, a boca do bebê deve envolver a maior parte possível da aréola (parte mais escura do seio) e não apenas o mamilo (bico). Na pega correta a boca do bebê fica bem aberta, com as bochechas arredondadas, queixo encostado na mama e o lábio inferior voltado para fora.

Excesso de doces: podem causar cólicas no bebe e esse desconforto pode atrapalhar a sucção;
Feijão, ervilha, grão de bicos, brócolis, couve-flor, repolho, nabo, couve, entre outros, devem ser evitados, apenas no primeiro mês pós parto, pois podem provocar cólicas no bebê;
Excesso de pimenta, temperos, shoyo e outros condimentos podem também gerar o mesmo desconforto, então evitem em relação à frequência de uso e quantidade.

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